Depois de saber que a minha candidatura para continuar os estudos em Espanha não foi aceite, achei por bem ir desanuviar com a Sandra um fim-de-semana na Póvoa Dão, ajudando-a no trabalho que ela está lá a desenvolver envolvendo macrofungos (a.k.a. cogumelos). Acabou por não ser tão relaxante quanto isso, já que tive de perder 1 dia na estrada pela zona de Viseu à procura de um local com Internet, de modo a poder tratar de papeladas para um trabalho.
Porém, no sábado e na segunda-feira (24 e 26) deu para saborear o campo, em todo o seu esplendor primaveril, com os pássaros a cantar (cu-cu, cu-cu...), o sol a bater e as flores a enfeitar...
Em relação ao trabalho de campo da Sandra, ainda se encontraram algumas coisas interessantes como um Helvella solitaria (foto), Amanita ovoidea, Polyporus squamosus, Bovista sp., etc., muito provavelmente devido ás chuvas da semana passada.
Obviamente que eu cá também não deixaria de procurar umas aranhas com um tempo primaveril destes, ainda por cima num local onde não costumo andar. Não apanhei assim tantas aranhas quanto isso, mas devo salientar que uma das espécies que capturei trata-se de Philodromus pinetorum, uma espécie descrita de várias zonas da bacia mediterrânica (França, Grécia, etc.) no ano passado, pelo que o facto de ter encontrado o bicho já pode dar uma nota científica para publicar; um animal notável, pois pertence ao grupo de espécies dentro do género Philodromus que se encontram nas cascas de árvores, camuflando-se na sua superfície através da sua postura e cores miméticas. Além disto, encontrei um macho de Cheiracanthium muitíssimo parecido com striolatum mas com uns pormenores da sua genitália diferentes, curioso... Nota ainda para as várias Micaria brignolii que fugiam pelas mesmas cascas de pinheiros onde se podia encontrar os Philodromus pinetorum, por entre os carreiros de formigas Crematogaster scutellaris. Ainda consegui capturar 2 machos, mas estes foram apenas uma pequena porção dos espécimes avistados e que fugiram com sucesso.
No domingo, como disse lá atrás, fomos até Viseu, procurar um sítio com acesso à Internet. Como quando precisamos que as coisas funcionem como deve de ser não funcionam, ora, no Palácio do Gelo não conseguimos ligar à wireless e tivemos que procurar uma alternativa. Quem nos safou foi a nossa amiga Lara Teixeira, que nos ofereceu uma visita à sua casa (e quinta) repleta de animais. Eram cerca de 10 cães, 17 gatos, 1 coelho, porquinhos-da-Índia, 1 peixe, 6 tortugas, 3 gerbos e uns anfíbios, tanto Anuros como Urodelos, num tanque à saída de uma mina de água. Enquanto passeávamos pela quinta propriamente dita, ainda fomos brindados com o vôo de algumas Iphiclides pheisthamelii, sempre exuberantes. Foi uma tarde prazenteira a partir da hora de almoço... :)
Na Póvoa Dão ainda há muito terreno que precisa de ser tratado para estar pronto para os turistas da natureza e uma das coisas que me irrita são as zonas infestadas com acácias: odeio acácias! Sempre que o ritmo de caminhada não era demasiado rápido para tal, lá arrancava uma ou outra. Na foto, eu com um dos meus troféus, que nem pescador (de notar a raíz lateral)...
Porém, no sábado e na segunda-feira (24 e 26) deu para saborear o campo, em todo o seu esplendor primaveril, com os pássaros a cantar (cu-cu, cu-cu...), o sol a bater e as flores a enfeitar...
Em relação ao trabalho de campo da Sandra, ainda se encontraram algumas coisas interessantes como um Helvella solitaria (foto), Amanita ovoidea, Polyporus squamosus, Bovista sp., etc., muito provavelmente devido ás chuvas da semana passada.
Obviamente que eu cá também não deixaria de procurar umas aranhas com um tempo primaveril destes, ainda por cima num local onde não costumo andar. Não apanhei assim tantas aranhas quanto isso, mas devo salientar que uma das espécies que capturei trata-se de Philodromus pinetorum, uma espécie descrita de várias zonas da bacia mediterrânica (França, Grécia, etc.) no ano passado, pelo que o facto de ter encontrado o bicho já pode dar uma nota científica para publicar; um animal notável, pois pertence ao grupo de espécies dentro do género Philodromus que se encontram nas cascas de árvores, camuflando-se na sua superfície através da sua postura e cores miméticas. Além disto, encontrei um macho de Cheiracanthium muitíssimo parecido com striolatum mas com uns pormenores da sua genitália diferentes, curioso... Nota ainda para as várias Micaria brignolii que fugiam pelas mesmas cascas de pinheiros onde se podia encontrar os Philodromus pinetorum, por entre os carreiros de formigas Crematogaster scutellaris. Ainda consegui capturar 2 machos, mas estes foram apenas uma pequena porção dos espécimes avistados e que fugiram com sucesso.
No domingo, como disse lá atrás, fomos até Viseu, procurar um sítio com acesso à Internet. Como quando precisamos que as coisas funcionem como deve de ser não funcionam, ora, no Palácio do Gelo não conseguimos ligar à wireless e tivemos que procurar uma alternativa. Quem nos safou foi a nossa amiga Lara Teixeira, que nos ofereceu uma visita à sua casa (e quinta) repleta de animais. Eram cerca de 10 cães, 17 gatos, 1 coelho, porquinhos-da-Índia, 1 peixe, 6 tortugas, 3 gerbos e uns anfíbios, tanto Anuros como Urodelos, num tanque à saída de uma mina de água. Enquanto passeávamos pela quinta propriamente dita, ainda fomos brindados com o vôo de algumas Iphiclides pheisthamelii, sempre exuberantes. Foi uma tarde prazenteira a partir da hora de almoço... :)
Na Póvoa Dão ainda há muito terreno que precisa de ser tratado para estar pronto para os turistas da natureza e uma das coisas que me irrita são as zonas infestadas com acácias: odeio acácias! Sempre que o ritmo de caminhada não era demasiado rápido para tal, lá arrancava uma ou outra. Na foto, eu com um dos meus troféus, que nem pescador (de notar a raíz lateral)...